Em toda a história política nacional, não considerando a era pré-lusitana e a hierarquia indígena existente, notamos que o país sempre esteve na mão de posseiros. Natural não ser assim anteriormente: Tupã não o permitiria. Antes mesmo da república do café com leite por aqui se fixar, esse berço esplendido já era alvo de uma interminável sucessão de coronéis no poder.
São Paulo e Minas Gerais começaram a radiografia do país de áureos tempos. No início, almejava-se um bom administrador de fazenda pra comandar a posse dessa imensidão de terra. E até existiram bons administradores no poder. Quando um ou outro mais metido a inovador resolvia desrespeitar a voz de comando, a coisa era apelar pro capataz, e elegiam um capataz pra presidir o país. Mas como o poder sempre subia à cabeça, a coisa sempre saia como não planejada e a solução era apelar para o feitor.
Assim passaram cem anos – desses quinhentos – onde a dita república era operada como um trator que dizima uma plantação. De república que se entenda em práxis, temos modestos 20 anos. Sendo que apenas dois presidentes conseguiram cumprir seu mandato.
O primeiro teve um revertério, morreu e deixou um vice bigodudo, bonachão e dizem as más línguas escritor mediano. O segundo, andava de jet-ski, tinha aquilo roxo e foi deposto pelo “povo” - como ainda acreditam alguns - por motivos de corrupção. O terceiro (aqui aplica-se uma pequena reverência irônica), era o príncipe da sociologia nacional. Dito doutor, foi até preso político, conquistou a augusta posição de reeleito e se auto-entregou a faixa no final do primeiro mandato. Como presidente conseguiu o que nenhum economista sonhara. Acabou com a inflação, e desmentiu tudo que havia pregado como sociólogo.
Surge então um candidato suburbano, (que venceu pelo cansaço), e galgou a maior posição pública, jubilando-se de não ter estudado suficientemente pra tal. Carismático era. E ainda é, não se pode negar. Mas nem só de carisma vive uma nação.
O companheiro falhou mas não de todo! É importante analisar a inexperiência do povo que o elegeu e que até hoje ainda não sabe em quem votar, e a inexperiência de um operário que chegou a São Paulo descalço, por ter perdido suas sandálias e não ter dinheiro para novas.
A preocupação quanto a essas eleições persiste, mas não de maneira arbitrária como dizia a Regina Duarte: “ – Eu tenho medo!”
É hora do brasileiro cair em um momento de pavor, não por um candidato apenas, mas por todos. Deixemos de lado os preconceitos infundados e analisemos toda a corja que se apresenta diante de nossos olhos.
E sobre eles falaremos em seguida...
Continua...
São Paulo e Minas Gerais começaram a radiografia do país de áureos tempos. No início, almejava-se um bom administrador de fazenda pra comandar a posse dessa imensidão de terra. E até existiram bons administradores no poder. Quando um ou outro mais metido a inovador resolvia desrespeitar a voz de comando, a coisa era apelar pro capataz, e elegiam um capataz pra presidir o país. Mas como o poder sempre subia à cabeça, a coisa sempre saia como não planejada e a solução era apelar para o feitor.
Assim passaram cem anos – desses quinhentos – onde a dita república era operada como um trator que dizima uma plantação. De república que se entenda em práxis, temos modestos 20 anos. Sendo que apenas dois presidentes conseguiram cumprir seu mandato.
O primeiro teve um revertério, morreu e deixou um vice bigodudo, bonachão e dizem as más línguas escritor mediano. O segundo, andava de jet-ski, tinha aquilo roxo e foi deposto pelo “povo” - como ainda acreditam alguns - por motivos de corrupção. O terceiro (aqui aplica-se uma pequena reverência irônica), era o príncipe da sociologia nacional. Dito doutor, foi até preso político, conquistou a augusta posição de reeleito e se auto-entregou a faixa no final do primeiro mandato. Como presidente conseguiu o que nenhum economista sonhara. Acabou com a inflação, e desmentiu tudo que havia pregado como sociólogo.
Surge então um candidato suburbano, (que venceu pelo cansaço), e galgou a maior posição pública, jubilando-se de não ter estudado suficientemente pra tal. Carismático era. E ainda é, não se pode negar. Mas nem só de carisma vive uma nação.
O companheiro falhou mas não de todo! É importante analisar a inexperiência do povo que o elegeu e que até hoje ainda não sabe em quem votar, e a inexperiência de um operário que chegou a São Paulo descalço, por ter perdido suas sandálias e não ter dinheiro para novas.
A preocupação quanto a essas eleições persiste, mas não de maneira arbitrária como dizia a Regina Duarte: “ – Eu tenho medo!”
É hora do brasileiro cair em um momento de pavor, não por um candidato apenas, mas por todos. Deixemos de lado os preconceitos infundados e analisemos toda a corja que se apresenta diante de nossos olhos.
E sobre eles falaremos em seguida...
Continua...



